Durante a última sessão do Conselho Universitário (27/09), alguns conselheiros técnico-administrativos fizeram afirmações inverídicas acerca do Grupo de Trabalho (GT) instituído pelo governador do estado, Cláudio Castro, em novembro de 2023, para tratar da reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos técnico-administrativos da Uerj. A decisão foi publicada no Diário Oficial do dia 27 de novembro de 2023 (veja aqui: Diario Oficial – 27.11.2023), e incluiu na composição do GT Cassia Gonçalves, coordenadora geral do Sintuperj, instituição que representa a categoria; o conselheiro universitário Jorge Luís Mattos (Gaúcho), que participou da confecção e negociações de todos os planos de carreira e respectivas leis modificativas; e o procurador geral da Uerj Jairo Henrique.
Uma dessas afirmativas feitas no Consun dá conta de que a Diretoria Executiva do Sintuperj não teria consultado a Assembleia sobre a composição do referido GT, inclusive classificando a Diretoria eleita como “golpista”. E que o decreto do governador não tem reconhecimento. Ocorre que, desde a instituição do referido GT, prerrogativa constitucional do governador do Estado eleito, a Diretoria Executiva do Sintuperj tem tornado pública, em suas plataformas de comunicação e nas assembleias da categoria, toda a evolução das negociações junto ao Governo. E ao longo de mais de 9 meses não houve nenhuma desqualificação quanto à composição do GT.
Somente na última Assembleia dos técnico-administrativos, realizada no dia 09 de setembro de 2024, é que foi apresentada uma proposta de formação de uma nova comissão a fim de assumir as negociações já em andamento da reformulação do PCCS. Esta proposta foi derrotada em votação, como pode ser visto no vídeo abaixo:
Não é de hoje que grupos de oposição tentam tornar ainda mais difíceis as negociações da reformulação do plano de carreira, inclusive com tentativas sistemáticas de jogar a categoria em uma greve que isolaria a categoria seja dentro ou fora da Uerj. Na mesma Assembleia anteriormente citada, inclusive foi aprovada, pela segunda vez este ano, a saída da categoria do estado de greve, vencendo o entendimento de que as circunstâncias políticas não são favoráveis. Veja a votação no vídeo abaixo:
Além das investidas nas assembleias contra o andamento das negociações da reformulação do PCCS, o grupo de oposição ao Sintuperj também tem se valido de falsas denúncias junto ao Ministério Público de que a Diretoria impede a entrada de servidores nas assembleias. O que não é verdade. Todos os servidores, independente de serem ou não sindicalizados, podem participar das assembleias chamadas pelo Sintuperj, sendo que o direito ao voto compete somente ao filiado e ao não filiado compete o direito à voz. Já registramos em outras assembleias a presença de pessoas alheias ao quadro de servidores da Uerj que se infiltram na assembleia com o objetivo de perturbar o andamento e até votar como sendo servidores e por isso se faz necessária a identificação dos presentes.
Contudo, as investidas contra o trabalho da Diretoria eleita do Sintuperj chegou a outro espaço: o Conselho Universitário. E entre os conselheiros universitários que utilizaram deste fórum inadequado para tratar sobre negociações entre Sintuperj e Governo do Estado, há quem já tenha feito parte da Diretoria e pouquíssimo tempo depois tenha renunciado ao mandato e à continuidade na luta sindical pela categoria. Mandato que exige uma árdua luta por parte do sindicato e, por óbvio, daqueles que são eleitos para a sua gestão.
