Houve quem dissesse nas assembleias do técnico-administrativos que não sairia. Que era enrolação, quase que um acordo para “inglês ver”. Mas o arresto acordado entre a Justiça, Uerj e Sintuperj na audiência de conciliação do dia 20 de julho para pagar salários atrasados de todos os servidores da Uerj foi expedido no dia 18 de outubro e já está em processo arresto.
Os salários de maio, junho e julho, que até então estavam atrasados já foram quitados, o que restringe à decisão ao pagamento do 13º salário de 2016. Dos R$ 63 milhões estipulados na decisão judicial, R$ 4 milhões foram arrestados na última sexta-feira (20/10). O sequestro judicial foi ampliado ao somar os valores referentes aos inativos: R$ 21.673.570,47, totabilizando R$ 84.691.618,24.
Apesar da determinação do arresto ainda não garantir o pagamento do abono natalino, já que o Governo do Estado já anunciou que vai recorrer da decisão que o obriga a cumprir sua função constitucional e elementar: pagar salários, evidencia não apenas o papel preponderante do Sintuperj à frente da luta técnico-administrativa das universidades públicas estaduais, como também a habilidade da direção do sindicato que conseguiu a assinatura do acordo que sequer estava em pauta e, principalmente, a força da mobilização da categoria, que desde o dia 16 de janeiro mantém-se firme e forte em greve pelo pagamento dos salários em dia.
Os problemas ainda persistem. Parte dos salários de agosto ainda não foi pago. Assim como a íntegra dos salários de setembro. Mas é de crucial importância que todos os servidores da Uerj e aqueles que de alguma forma estão ligados à universidade, assim como a própria comunidade externa, acompanhem atentamente e cobrem o cumprimento do arresto judicial e o conseqüente pagamento do 13º salário de 2016. As condições de vida dos trabalhadores e a qualidade do ensino público também dependem disso.