O Brasil enfrenta desde março de 2020 e em todo este ano de 2021 a maior crise de saúde e sanitária dos últimos 100 anos. A Covid-19, popularmente conhecida como Coronavírus, já vitimou fatalmente mais de 260 mil pessoas em nosso país (dados do Consórcio de Veículos de Imprensa em 05/03). Além dos impactos de um vírus ameaçador, um dos setores mais atingidos de nossa sociedade, as mulheres, ainda têm que enfrentar diversos outros aspectos da pandemia que desembocam em violências físicas, psicológicas e econômicas.
O que deveria ser um porto seguro se torna um espaço de temor. O isolamento social, importante e necessário para impedir a disseminação da Covid-19, possibilitou um aumento nos casos de violência contra a mulher. Além da violência doméstica, outro aspecto complicador para as mulheres na pandemia é a ameaça do desemprego, pois as principais atividades onde as mulheres conseguem inserção no mundo do trabalho foram afetadas, além do acúmulo de tarefas em casa das mulheres que tem a necessidade de exercer suas atividades laborais de maneira remota. E a pandemia trouxe mais um complicador para as mulheres que ainda conseguem manter seus empregos, que é a diminuição dos salários e do poder de compra de sua remuneração se comparado aos homens. Some-se a isso a pouca ou praticamente nenhuma adoção de políticas públicas para que as mulheres possam manter sua independência financeira, psicológica ou social, e temos um quadro onde as opressões (tanto em nível micro quanto em macro) transformam a sociedade brasileira em um campo altamente ameaçador para a mulher.
Não podemos tapar o sol com a peneira. É urgente e necessário que a situação atual das mulheres mude em nossa sociedade, com a criação e implantação de políticas públicas que protejam e garantam o desenvolvimento das mulheres como cidadãs, trabalhadoras, com possibilidade de desempenhar suas tarefas sem ter que serem levadas à exaustão e sem a ameaça de sofrer agressões físicas e psicológicas de qualquer natureza. As mulheres atualmente são 51,8% da população brasileira e devem ser consideradas medidas para defender essa parcela tão representativa de nossa sociedade.
Neste dia 08 de março, o Sintuperj traz à reflexão a necessidade de garantir a independência das mulheres não só neste cenário de pandemia, mas em todos os momentos de nossa sociedade. Nos posicionamos contra todo e qualquer tipo de opressões que possam se colocar como impeditivos para que as mulheres tenham vida digna. É pela vida das mulheres, de todas elas, que ousamos lutar e sonhar para conquistar uma sociedade mais igual, justa e equilibrada, na qual as mulheres não precisem temer todos os dias pelo simples fato de ser mulher.
O Sintuperj, Sindicato que representa as universidades públicas estaduais do Rio de Janeiro (Uerj, Uenf e Uezo), divulga e convoca o ato que marca as mobilizações do 8M na capital.
http://www.sintuperj.org.br/event/sintuperj-divulga-e-convoca-mulheres-na-luta-pela-vida-carreata-das-mulheres-e-bicicleata-em-defesa-da-agua/
SINTUPERJ DIVULGA E CONVOCA
Mulheres na Luta pela Vida – Carreata das Mulheres e Bicicleata em Defesa da Água
Data: Dia 07/03/2021 (domingo);
Horário: Concentração a partir das 09:00h;
Local: Em frente ao prédio da Cedae (Avenida Presidente Vargas, nº 2.655, Centro do Rio de Janeiro);
Organização: Movimento 8M – Rio de Janeiro.