Pelo segundo ano consecutivo, o Dia Mundial da Saúde (07/04) é marcado pela pandemia da Covid-19. Ao contrário de 2020, já vivenciamos o processo de vacinação. Em alguns países, já há um decréscimo nos números de internações e mortes. Não é o caso do Brasil. Mesmo iniciada sua vacinação há mais de dois meses, o país vive o pior momento da pandemia. Os últimos dias, em especial o mês de março, evidenciaram um avanço incontrolável do novo coronavírus. Recordes de internações, de mortes diárias e até o surgimento de nova cepa do vírus transformaram o Brasil no epicentro da pandemia.
Apesar do cenário catastrófico, com projeções ainda piores para os próximos meses, a Saúde não tem sido, como preconiza a sabedoria popular, ‘o que interessa’. Não tem estado ‘em primeiro lugar’. Governos de diferentes esferas, com algumas exceções, têm se mantido inertes aos efeitos sociais da necessária redução de fluxo de pessoas e consequente distanciamento social. Falta de políticas de promoção à Saúde, à renda mínima e à segurança alimentar tem deixado a saúde da população mais pobre ainda mais vulnerável. Dependentes quase que exclusivamente das organizações não governamentais.
Mesmo políticas públicas voltadas ao combate da disseminação do vírus acabam propiciando justamente o inverso, porque mal planejadas e/ou executadas. E como se já não fosse o suficiente, há ainda quem defenda tratamentos sem qualquer respaldo científico e ataque a única forma comprovadamente eficaz de combate a pandemia: a vacina. Nesse sentido, assistimos ao país abrir mão de um programa de vacinação mais ampla, com desprezo a vacinas ofertadas aos milhões, e abraçamos a vacinação a ‘conta-gotas’.
O mau exemplo que vem “de cima”, inclusive com governantes desrespeitando restrições por eles decretadas, repercute no restante da sociedade. As aglomerações típicas de datas comemorativas, dos períodos de férias ou mesmo de festas demonstram há pessoas muito doentes. Doentes enquanto cidadão. Enquanto seres que desprezam a própria saúde e, consequência, a saúde alheia.
Neste 07 de abril, Dia Mundial da Saúde, cada cidadão tem uma oportunidade a mais de refletir o cada um tem feito para valorizar aquilo que tem de mais importante: a Saúde. E de que forma exigir que o Estado cumpra o seu dever de promover a Saúde de seu povo.
Convocação do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro para agenda de lutas neste 07 de abril
Ato às 7 horas – Hospital Antonio Pedro (Niterói) com caminhada até a Prefeitura.
Ato às 10 horas – em frente ao Hospital da Lagoa.
Ato às 13 horas – no Hospital do Andaraí (Casa Rosa).
Indicativos
• Dia 10/4 – 10 hs – Carreata do Monumento do Zumbi/Centro a FIOCRUZ/Manguinhos
• Dia 14/4 – 14 hs – na ALERJ
É fundamental neste momento defender:
Auxílio emergencial de, no mínimo , 600 reais
Vacina para todos já pelo SUS. Contra a mercantilização da vacina.
Contra a Privatização da rede federal de saúde. Fora Rede D OR e grupos privados.
Recontratação dos demitidos da rede federal.
Não ao fechamento de hospitais estaduais como o Eduardo Rabello.
Imediata reabertura da UPA de Manguinhos.
Abertura imediata de leitos desativados nos hospitais públicos.
Não a falta de medicamentos e insumos nas unidades. de saúde.
Fora Bolsonaro e seus Generais.