Maio de 2021. No meio da pandemia mais letal dos últimos 100 anos, que insiste em ceifar vidas humanas em todo o planeta e causa sérios problemas para a sociedade fluminense, as universidades públicas se mostraram essenciais e necessárias para garantir não só a vida e a saúde, mas também para apresentar soluções que dêem conta dos impactos diretos e indiretos que foram causados no nosso Brasil e no estado do Rio de Janeiro. E a Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é uma das instituições que mais se destacam nessa atuação.
Nós, servidores técnico-administrativos da Universidade, somos orgulhosos dessa instituição e da forma como ela encara os desafios que lhe são impostos. Essa gigante de sonhos, que conta com 16 campi e cerca de 40 mil pessoas, é fundamental para o desenvolvimento do nosso estado e para a população fluminense. E não é à toa, visto que seus serviços nas diversas áreas do conhecimento (ciências biomédicas, humanas, exatas e sociais aplicadas) são reconhecidos como de extrema qualidade e dão retorno em curto, médio e longo prazo para a população.
Há quem diga que a universidade é um “peso” para a população fluminense. No entanto, os indicadores e rankings mostram exatamente o contrário: A Uerj é a oitava melhor universidade do Brasil no ranking da CWUR (Center for World University Rankings), o que confere reconhecimento internacional à instituição. Em âmbito nacional, a Uerj é a décima terceira melhor universidade de acordo com o ranking da Folha de São Paulo. E tendo como base avaliação governamental, diversos cursos de mestrado e doutorado com conceito seis ou sete na Capes, que conferem um alto padrão de desempenho.
Mas não é só nos indicadores de qualidade de educação que a Uerj se destaca. No combate à Covid-19, os serviços de saúde da universidade (Hospital Universitário Pedro Ernesto – Hupe – e Policlínica Piquet Carneiro – PPC) foram escolhidos como centros de referência nos cuidados relacionados à doença. A PPC realizou mais de 50 mil testes de detecção da doença, sendo um dos maiores números do estado na área. E isso sem deixar de lado sua atuação normal. O Hupe é um hospital-escola que atende mais de 40 especialidades, sendo referência em diversas delas, e a policlínica realizou no ano de 2020 um total de 145 mil consultas e procedimentos para a população.
Um ambiente universitário não é apenas um espaço de estudos. Ele reflete a sociedade como um todo, como um espaço de liberdade para que todos tenham sua maneira de pensar e de ver o mundo. O que norteia a Uerj nesses 70 anos de existência é a liberdade de cátedra, pensamento e ação, com respeito às diferenças e incentivando o debate amplo e sadio. As diferenças existentes na universidade são resolvidas com diálogo e debate, não com truculência, vandalismo e revanchismo.
O papel de um representante parlamentar é defender tudo aquilo que serve de maneira ampla à população de nosso estado. E quando um destes que foram encaminhados à Alerj, à “Casa do Povo”, utiliza de pura má-fé ideológica para criar uma campanha de ódio contra a Uerj defendendo sua extinção, o mesmo deixa de exercer o papel para o qual foi eleito e passa a conspirar contra o povo fluminense. O mínimo que um representante legislativo deve ter por uma instituição de tamanha representatividade e pluralidade é RESPEITO!
O Sintuperj vem por meio desta nota prestar solidariedade a todos aqueles que acreditam na liberdade como princípio e entendem que o ambiente universitário é um espaço de pluralidade e liberdade de pensamento. Em defesa da Uerj pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, com autonomia e liberdade de pensamento e cátedra. E aqueles que atacam a universidade e sua comunidade, motivados pelo obscurantismo, pelo ódio pelo conhecimento e pela visão deturpada e inverídica da realidade, a história se encarregará de seu esquecimento.
Reafirmamos!
“Vacina no braço, comida no prato e contra a destruição do Serviço Público!
Fora Bolsonaro e Mourão!”
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Diretoria Executiva do Sintuperj
Quadriênio 2019-2022