No ano em que a conquista do voto feminino completou 90 anos, as mulheres foram às ruas neste 8 de março de 2022 reivindicar a defesa de suas vidas. Os casos recentes e de grande repercussão de declarações e ações machistas, promovidas inclusive por parlamentares e outros profissionais com grande influência sobre a opinião pública, tornam claro a imprescindibilidade da mobilização feminina na defesa pela igualdade de direitos não apenas no âmbito legal, mas também no material. Também evidencia que o caminho a ser percorrido para atingirmos uma sociedade sem opressão de gênero é muito longo, porém irresistível.
Nas ruas do centro do Rio, o movimento 8M se concentrou na tradicional Praça da Candelária. No local, as manifestantes se revezavam nos pronunciamentos com críticas à baixa representatividade das mulheres nos espaços políticos em todas as esferas. Além disso, transmitiam às pessoas que passavam nas proximidades números que confirmam as duras condições de vida das mulheres no Brasil: o assassinato de uma mulher a cada sete horas e um estupro a cada dez minutos em 2021, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Sem contar os demais casos de violência física, além de outras como a obstétrica e a psicológica.
As manifestantes exigiram um basta a todas as formas de violência contra as mulheres e a igualdade nas condições de vida, como a paridade salarial com os homens nas profissões onde estes recebem mais por exercer a mesma função. Confira abaixo a intervenção da coordenadora geral do Sintuperj Regina de Souza:
Na sequência, ecoaram as mensagens pela Avenida Rio Branco em passeata realizada até a Cinelândia.
Além de Regina, o Sintuperj esteve presente à manifestação sendo representado pela coordenadora geral Cassia Gonçalves e pela coordenadora de Administração e Finanças, Neuza Conceição.