Sob chuva, o Movimento 8M reuniu mulheres no centro do Rio de Janeiro no ato “Mulheres na Luta pela Vida” neste domingo (07/03), véspera do Dia Internacional das Mulheres. E de forma simbólica, a luta pela vida se iniciou em frente à Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), fazendo duras críticas às tentativas de privatização da água, símbolo maior da vida. Há anos, a concepção privatista atravessa os diversos governos estaduais, e nos últimos meses tem ganho terreno após as crises hídricas que ocorreram nos dois últimos verões, deixando moradores sem água ou recebendo água imprópria para consumo.
A coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Simone Damasceno, e a coordenadora geral do Sintuperj, Regina de Souza, participaram da manifestação.
Na luta contra a violência contra a mulher, as manifestantes lembraram e homenagearam a ex-vereadora do Rio Marielle Franco, cujo assassinato completará 3 anos no próximo dia 14 sem ainda ter-se descoberto quem foram os mandantes.
Devido às restrições de aglomerações impostas pela pandemia de Covid-19, as manifestantes mantiveram-se mais dispersas e, em lugar das tradicionais passeatas, foi realizada uma carreata. Ela percorreu as ruas do centro até a zona sul.
No trajeto, palavras de ordem defendiam vacinação em massa para todos os brasileiros e a saída do presidente da República, Jair Bolsonaro, que conduz uma política genocida de descumprimento de todas orientações científicas frente à pandemia e do vice-presidente, Hamilton Mourão.
Durante a passagem da carreata, pessoas de todas as idades e classes sociais, de seus portões, janelas ou mesmo das calçadas e estabelecimentos comerciais, saudaram e deram seu apoio à manifestação.