Servidores da Uezo completam nove anos de luta por valorização da categoria

Neste mês de agosto de 2019, mais precisamente no último dia 09, os técnico-administrativos do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) completaram nove anos de serviços prestados à instituição. Oriundos do  primeiro concurso para os quadros administrativos da Uezo, realizado em 2010, estes servidores também completam um aniversário indigesto: nove anos sem reajustes em seus salários.

Em entrevista à Imprensa do Sintuperj, a técnica de laboratório Mônica Cristina lembrou que o edital do concurso previa um salário compatível com o dos técnico-administrativos da Uerj, devido ambas categorias desempenharem as mesmas funções com a mesma carga horária. Contudo, quando os servidores da Uezo foram empossados em seus cargos os servidores da Uerj já haviam conquistado um reajuste em 2010, distorcendo os valores recebidos pelas duas categorias. Para piorar, os servidores da Uezo nunca obtiveram nenhum reajuste salarial, mantendo até hoje, portanto, o salário que recebiam em 2010. Não apenas os salários, mas os auxílios alimentação e transporte também estão defasados. Nestes casos desde 2012, com valores de R$ 15,00 e R$ 2,75, respectivamente.

Nem mesmo o tempo de serviço prestado à Uezo tem sido valorizado. A progressão na carreira, que poderia amenizar um pouco a situação financeira dos servidores, não foi implementada. Ela deveria ter ocorrido em agosto de 2015, pois a Lei 5380 de 2009 prevê progressão após cinco anos de efetivo exercício. De acordo com Mônica, ela não foi efetivada porque a Lei condicionava a progressão à assinatura do governador do Estado que na época era Sérgio Cabral (MDB). Somente em 2018 a comunidade universitária conseguiu que a Assembleia Legislativa aprovasse uma lei que atribuía autonomia ao Conselho Universitário da Uezo para definir as regras para a progressão. No entanto, o processo de progressão ainda está parado na Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social.

Segundo Mônica, a demanda de equiparação salarial com os técnicos de nível médio da Uerj encontram no Regime de Recuperação Fiscal forte empecilho, apesar de ser algo injusto pelo fato de as duas categorias desempenharem as mesmas funções. Além disso, os técnico-administrativos da Uezo – assim como os docentes da instituição – ainda não contam com plano de carreira. O que também dificulta a valorização da categoria.

No último dia 02 de agosto, a direção do Sintuperj fez uma solicitação junto à Sectids de uma reunião para discutir questões gerais referentes a Uezo. Entre elas a progressão.