O Sintuperj vem por meio deste prestar sua homenagem a todas as mulheres neste dia 08 de março. Uma data importante e necessária que marca a luta de todas por respeito, igualdade e direitos!
Confira abaixo o texto de homenagem escrito pelas mulheres sindicalistas, coordenadoras e conselheiras do Sintuperj – Regina Souza, Bianca Mantovani, Neuza Maria Conceição, Simone Menezes Damasceno, Edinalda Ferreira – em reverência às demais companheiras da entidade – Cassia Gonçalves, Cátia Alves, Maristela Dias, Monica Santos, Márcia Beck, Fabiana Spinelli, Ana Carolina Teixeira, Cíntia Alves, Neiva Amaral.
O DIA INTERNACIONAL DA MULHER: PORQUE PRECISAMOS DE MAIS DO QUE PARABÉNS!
O Dia Internacional da Mulher foi oficialmente criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1977. No entanto, o dia 8 de março já era utilizado por movimentos femininos como uma data para celebrar a luta pelos direitos das mulheres desde o início do século 20.
Hoje somos cerca de 108,7 milhões de mulheres, negras, brancas, indígenas, quilombolas, lésbicas, trans; vivemos nas cidades, nos campos, ribeirinhas e nas aldeias. Somos profissionais bem sucedidas em qualquer área que tivermos oportunidade de atuar.
Lutamos por saúde, educação, contra a fome, igualdade de direitos sociais e políticos.
Esse ano marca a luta de 100 anos pelo direito ao voto feminino, que teve seu inicio no Movimento Sufragista, e até hoje a luta ainda se faz presente pelo direito a um espaço no parlamento.
Estamos no centro de todas as lutas por igualdade social.
Segundo a OIT, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e em cargos diretivos pode injetar até US$ 12 trilhões no PIB global até 2025.
Somos o ventre que gera vidas e também gera aquele que a dizima através do feminicídio.
TODOS OS DIAS UMA MULHER É VÍTIMA E UMA FAMÍLIA É DESTRUIDA
ALGO ESTÁ MUITO FORA DE LUGAR.
Precisamos juntos, todas e todos, combater esse grande mal.
O Sintuperj vem em nome de todas as mulheres exigir que seja dado um basta ao feminicídio e a toda forma de opressão contra as mulheres.
As vidas das mulheres importam!
Confira também o manifesto publicado pelo Movimento 8M RJ:
8M RJ – Mulheres nas ruas em defesa da democracia! Sem anistia!
CHEGA DE FEMINICÍDIO E DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES DO CAMPO, DA CIDADE E DA FLORESTA! POR EMPREGO E RENDA, PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO E PELO FIM DA FOME! EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE PÚBLICAS
EM DEFESA DA DEMOCRACIA E POR QUE GRITAMOS “SEM ANISTIA”
As mulheres nunca fugiram à luta, especialmente nos últimos difíceis anos no Brasil. Fomos protagonistas no enfrentamento aos governos Temer e Bolsonaro e a todo o retrocesso que eles representaram. Durante o governo fascista de Bolsonaro se acirraram a exploração e exclusão das mulheres (cis, trans e com deficiência). Além das contrarreformas do campo econômico, isso se deu através da liberação de armas e de atitudes misóginas de perseguição às mulheres que estimularam o aumento da violência contra nós. Um exemplo disso é o desmonte de políticas públicas para as mulheres. Houve também a negação do direito ao aborto legal, ataques às jornalistas, aumento de mortes de jovens negros, de estupros e da violência contra mulheres. Comparados a 2019, houve aumento de cerca de 11% na taxa de feminicídio no ano de 2022, dado que evidencia a ausência de políticas públicas de combate à violência contra mulheres. Um ponto fundamental é que, tendo em vista a força do patriarcado no momento, faz-se necessário reivindicar mais renda para mulheres com o objetivo de reestabelecer o orçamento e combater a violência contra todas as opressões. Outra pauta importante é o apoio à revogação da Lei de Alienação Parental (LAP).
Diante de tantos retrocessos, a vitória de Lula representa uma derrota eleitoral do fascismo. Garantiu a investigação dos mandantes do assassinato de Marielle e Anderson pela polícia federal, cujas mortes completam 5 anos no próximo dia 14 de março; a distribuição de vacinas e a ampliação das campanhas de vacinação; e conquistas históricas na luta dos povos indígenas e no campo dos direitos humanos, com a refundação da FUNAI. Também avança no sentido de combater a exploração das terras indígenas e a devastação do meio ambiente. Entretanto, o fascismo ainda ronda o Brasil, a exemplo dos ataques contra as liberdades democráticas perpetrados em Brasília no dia 8 de janeiro. No RJ seguiremos nas ruas contra os desmandos do governo de Cláudio Castro, envolvidos em escândalos de corrupção e responsável pelo arrocho contra os servidores públicos e as maiores chacinas já promovidas nas favelas. Por isso, frente a todas as mortes e à precarização das condições de vida da classe trabalhadora, é que gritamos em defesa das liberdades democráticas e “SEM ANISTIA” – pela prisão de Bolsonaro, dos golpistas, financiadores, incentivadores e todos os envolvidos. E é com a firmeza de quem sabe que a luta feminista é constante, que ocupamos as ruas em mais um 8 de março.
CONFIRA OS PONTOS CENTRAIS ABORDADOS PELO MANIFESTO:
- POR EMPREGO, RENDA E PELO FIM DA FOME
- POR EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE
- SANEAMENTO BÁSICO
- RACISMO AMBIENTAL E ETNOCÍDIO
- LEGALIZAÇÃO DO ABORTO JÁ!
CONFIRA A VERSÃO COMPLETA DO MANIFESTO, COM O DESENVOLVIMENTO DE CADA UM DOS PONTOS CENTRAIS, NO PDF ABAIXO: